Projeto acaba com parâmetro de renda para acesso de pessoa com deficiência ao BPC

Fonte: Freepik

Para o autor do projeto, a imposição de uma renda para acesso ao benefício é inconstitucional.

 

O Projeto de Lei 254/23, do deputado Dr. Fernando Máximo (União-RO), garante o Benefício da Prestação Continuada (BPC) para todas as pessoas com deficiência, independentemente da existência de renda própria ou familiar.


A proposta, em análise na Câmara dos Deputados, altera a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que instituiu o benefício. Atualmente, a lei confere o BPC às pessoas com deficiência com renda familiar mensal per capita igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo.


Para o autor do projeto, a imposição de uma renda para acesso das pessoas com deficiência ao benefício é inconstitucional, além de desrespeitar julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto.


“O próprio STF decidiu, em julgamento colegiado, que o critério de renda de até 1/4 do salário mínimo por pessoa não se sustenta do ponto de vista da proteção social almejada pelo constituinte”, disse Máximo. “É de conhecimento de todos o quão custoso são os cuidados de uma pessoa deficiente. Com os parâmetros atuais para a concessão do benefício, existem milhares de famílias passando necessidade.”


Criado em 1993, o BPC garante um salário mínimo para as pessoas incapacitadas e para os idosos em desigualdade e vulnerabilidade social.


Tramitação

O projeto será despachado às comissões permanentes da Câmara, para discussão e votação.

Fonte: Câmara dos Deputados - Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes

Compartilhe

Você também pode se interessar por

1 de dezembro de 2025
A campanha do INSS gerou controvérsia ao reforçar a gratuidade sem ressaltar a complexidade previdenciária e a importância da orientação técnica especializada.
19 de novembro de 2025
TNU reafirma conceito ampliado de segurado especial e adota entendimento doutrinário defendido por Jane Berwanger
18 de novembro de 2025
A nota do INSS sobre a gratuidade dos benefícios gerou controvérsia ao desconsiderar a complexidade do sistema previdenciário. Embora o atendimento seja gratuito, a orientação técnica continua essencial diante de exigências formais, indeferimentos e elevada judicialização.